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terça-feira, 10 de março de 2015

O Feudalismo

Introdução

O Feudalismo pode ser visto enquanto um sistema de produção a partir do século IX, definido após um longo processo de formação, reunindo principalmente elementos de origem germânica e de origem romana. Essa estrutura foi marcante na Europa Ocidental e responsável pela consolidação de conceitos e valores que se perpetuarão. Muitos vêem nesse momento o desenvolvimento da "Europa Cristã".

Periodização:

Séc. III - VIII - formação do Feudalismo, tem início com as primeiras invasões bárbaras;
Séc. VIII - XI - apogeu do Feudalismo;
Séc. XI - XV - decadência.

O feudalismo ocorreu entre o século V e XV, após a queda do Império Romano e que se divide em pequenos reinos, porém esses reinos não foram capazes de solucionar os problemas de segurança das pessoas, e no século V a população começa a fazer um êxodo urbano, pois a população estava indefesa contra os ataques  dos Germanos procurando assim se esconder dos ‘‘bárbaros’’.

A economia

A economia feudal possuía base agrária, ou seja, a agricultura era a atividade responsável por gerar a riqueza social naquele momento. Ao mesmo tempo, outras atividades se desenvolviam, em menor escala, no sentido de complementar a primeira e suprir necessidades básicas e imediatas de parcela da sociedade. A pecuária, a mineração, a produção artesanal e mesmo o comércio eram atividades que existiam, de forma secundária.

Como a agricultura era a atividade mais importante, a terra era o meio de produção fundamental. Ter terra significava a possibilidade de possuir riquezas ( como na maioria das sociedades antigas e medievais), por isso preservou-se a caráter estamental da sociedade.

Os proprietários rurais eram denominados Senhores Feudais, enquanto que os trabalhadores camponeses eram denominados servos.
O feudo era a unidade produtiva básica. Imaginar o feudo é algo complexo, pois ele podia apresentar muitas variações, desde vastas regiões onde encontramos vilas e cidades em seu interior, como grandes "fazendas" ou mesmo pequenas porções de terra. Para tentarmos perceber o desenvolvimento socioeconômico do período, o melhor é imaginarmos o feudo como uma grande propriedade rural. O território do feudo era dividido normalmente em três partes: Manso Senhorial, Manso comum e Manso servil.




O Manso Senhorial é a parte da terra reservada exclusivamente ao senhor feudal e trabalhada pelo servo.

Manso comum e a parte da terra de uso comum. Matas e pastos que podem ser utilizadas tanto pelo senhor feudal como pelos servos. É o local de onde retiram-se lenha ou madeira para as construções, e onde pastam os animais.

Manso servil era a parte destinada aos servos. O manso é dividido em lotes (glebas) e cada servo tem direito a um lote. Em vários feudos o lote que cabe a um servo não é contínuo, ou seja, a terra de vários servos são subdivididas e umas intercaladas nas outras.

Fazendão medieval (Nobres viviam em castelo, enquanto os servos se espremiam numa vila para até 60 famílias)

DEUS É FIEL

Embora a casa senhorial geralmente tivesse sua própria capela, uma pequena igreja era construída nas imediações da vila. Uma parte das plantações, conhecida como "acre de Deus", era doada à Igreja pelo senhor feudal. Os servos dedicavam parte do seu tempo cultivando essas terras, além de repassar um décimo dos seus ganhos à paróquia

COZINHA EXTERNA

Geralmente, o forno era construído fora do castelo, para evitar incêndios. Era uma instalação grande, de pedra e tijolos, onde enormes espetos de ferro permitiam assar até mesmo um boi inteiro. Ao seu lado podiam existir prensas para produzir vinho, azeite ou farinha. Os servos pagavam uma taxa para usar essas instalações

CARROSSEL AGRÍCOLA

As plantações seguiam um sistema de rotação. Os campos aráveis eram divididos em três partes, mas, para não esgotar o solo, apenas duas eram cultivadas ao mesmo tempo. Depois da colheita, outra parte repousava e, assim, mantinha-se o cultivo ao longo do ano inteiro. Os servos passavam mais de metade da semana trabalhando nas terras do senhor ou da Igreja. No resto do tempo, eles cultivavam seus próprios lotes

FLORESTA ENCANTADA

Além de fornecer madeira para lenha e construções, o bosque era usado para caçadas. A princípio, essa era uma área comum, embora os animais maiores só pudessem ser abatidos pelo senhor feudal. Aos servos restavam os coelhos e esquilos. A colheita de frutas silvestres, castanhas e mel era livre, mas muitos evitavam entrar nos bosques, temendo o ataque de bruxas e figuras maléficas

VIDA EM SOCIEDADE

Localizada perto das lavouras e de uma fonte de água (rio ou lago), a vila reunia de 10 a 60 famílias. Os casebres tinham apenas um cômodo, sem chaminé ou janelas. As paredes eram feitas de barro reforçado com palha e a cobertura, de sapê. Nos arredores, pequenas hortas forneciam frutas e legumes. A fauna contava com galinhas, além de gatos e cães sem dono

LAR, RICO LAR

Na forma de um castelo ou simplesmente de um casarão de pedra, a residência senhorial abrigava o senhor feudal, sua família, seus empregados e encarregados da administração da propriedade. Em épocas de conflito, também servia de quartel para suas tropas. Os senhores mais abonados tinham várias casas espalhadas ao longo das suas terras — alguns chegavam a ter centenas delas

REI DO GADO

Tão importantes quanto as terras aráveis eram as campinas, onde pastavam os rebanhos de gado e ovelhas, além dos animais de carga e arado. Essas áreas podiam ser de uso comum, mas os cavalos e rebanhos do senhor feudal eram tratados pelos servos. Como não se produzia feno, muitos rebanhos eram dizimados durante os inversos mais rigorosos

EU BEBO SIM

Lagoas e riachos represados eram as fontes de água do senhorio, mas o medo de contaminação levava muitos a beber um tipo de cerveja da época. Parece justificativa de bêbado, mas não é. Primeiro, porque a cerveja era ruim e tinha baixo teor alcóolico. Segundo, porque era mesmo mais seguro que tomar a água medieval...

Obrigações dos servos nos feudos:

- Corveia - obrigação do servo de trabalhar nas terras do senhor, sendo que toda produção de seu trabalho era do proprietário das terras.

- Talha – o servo era obrigado a entregar metade de sua produção para o senhor feudal.

- Banalidades – pagamento feito pelo servo para utilização de instrumentos e instalações do feudo (celeiro, forno...).

- Mão-morta – taxa paga pelo filho do camponês, para permanecer no feudo após a morte de seu pai.

- Dízimo: O servo deveria destinar 10% da produção para a igreja para ajudar na manutenção da capela;

- Censo: valor pago pelos vilões para a nobreza;

- Taxa de Justiça: Valor pago pelos vilões e servos para serem julgados no tribunal;

- Formariage: Taxa paga pelo servo para auxiliar no custeio do pagamento de um nobre;

- Albergagem: O servo era obrigado a hospedar o senhor feudal.


A sociedade

A sociedade feudal era formada pela aristocracia proprietária de terras (composta pelo alto clero e pela nobreza) e pela massa de camponeses (servos e vilões não proprietários).

O clero ocupa papel relevante na sociedade feudal. Os sacerdotes destacavam-se como servidores de Deus, detentores da cultura e administradores das grandes propriedades da Igreja, além de sua marcante ação assistencial aos desvalidos. A Igreja procurava legitimar o modo de agir da aristocracia, afirmando que Deus tinha distribuído tarefas específicas a cada homem e que, portanto, uns deviam rezar pela salvação de todos (o clero), outros deviam lutar para proteger o povo de Deus (a nobreza) e os outros deviam alimentar com seu trabalho, aqueles que oravam e guerreavam (os camponeses).



O Poder

No mundo feudal não existiu uma estrutura de poder centralizada. Não existe a noção de Estado ou mesmo de nação. Portanto consideramos o poder como localizado, ou seja, existente em cada feudo. Apesar da autonomia na administração da justiça em cada feudo, existiam dois elementos limitadores do poder senhorial. O primeiro é a própria ordem vassálica, onde o vassalo deve fidelidade a seu suserano; o segundo é a influência da Igreja Católica, única instituição centralizada, que ditava as normas de comportamento social na época, fazendo com que as leis obedecessem aos costumes e à " vontade de Deus". Dessa forma a vida quase não possuía variação de um feudo para outro.
É importante visualizar a figura do rei durante o feudalismo, como suserano-mor, no entanto sem poder efetivo devido a própria relação de suserania e a tendência á auto-suficiência econômica.



Educação, cultura e arte medieval

A educação era para poucos, pois só os filhos dos nobres estudavam.  Esta era marcada pela influência da Igreja, ensinando o latim, doutrinas religiosas e táticas de guerras. Grande parte da população medieval era analfabeta e não tinha acesso aos livros.

A arte medieval também era fortemente marcada pela religiosidade da época. As pinturas retratavam passagens da Bíblia e ensinamentos religiosos. As pinturas medievais e os vitrais das igrejas eram formas de ensinar à população um pouco mais sobre a religião.

Podemos dizer que, no geral, a cultura medieval foi fortemente influenciada pela religião. Na arquitetura destacou-se a construção de castelos, igrejas e catedrais.

No campo da Filosofia, podemos destacar a escolástica (linha filosófica de base cristã), representada pelo padre dominicano, teólogo e filósofo italiano São Tomás de Aquino.

Fontes:
http://www.historianet.com.br/conteudo/default.aspx?codigo=295
http://idade-media.info/sociedade-medieval/servos.html
http://mundoestranho.abril.com.br/materia/como-era-um-feudo-na-idade-media

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