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domingo, 1 de março de 2015

Imperialismo Norte-Americano

1. O DESTINO MANIFESTO

Crença de que o povo dos EUA foi eleito por Deus para comandar o mundo. Expansionismo americano é apenas o cumprimento da vontade Divina. Assim, expansão não só era boa, mas que era óbvia ("manifesto") e inevitável ("destino").

O termo é creditado ao jornalista nova iorquino John L. O'Sullivan na sua publicação de julho/agosto de 1845, United States Magazine and Democratic Review, em um ensaio entitulado "Annexation", tratando da questão do Texas, e sua iminente adesão à União.

O uso desta doutrina seria oficialmente abandonado em 1850, apenas para ser revivida em 1880, passando então a ser amplamente utilizada pelos políticos da época, em meio à corrida colonial promovida pelas potências europeias. Após a realização de suas ambições, tanto o meio político como a mídia norte-americana em geral irá mais uma vez "enterrar" a doutrina, embora muitos especialistas acreditam que certas ideias do Destino Manifesto façam parte do ideário político-militar estadunidense até hoje, estando presente em muitas das ações unilaterais controversas realizadas pelo seu governo através das décadas. Como prova de tal persistência dos ideais do Destino Manifesto dentro da esfera de poder máxima do país, é flagrante observar os conceitos postos em discursos de líderes norte-americanos através do tempo, com destaque para as palavras de James Buchanan, em seu discurso de posse como presidente norte-americano, em 1857, e as de Colin Powell, secretário de estado do governo George W. Bush, em 2004:

"A expansão dos Estados Unidos sobre o continente americano, desde o Ártico até a América do Sul, é o destino de nossa raça (...) e nada pode detê-la". - Buchanan.

"O nosso objetivo com a Alca é garantir para as empresas norte-americanas o controle de um território que vai do Pólo Ártico até a Antártida".  - Powell.


2. DOUTRINA MONROE

A Doutrina Monroe foi proferida pelo presidente James Monroe no dia 02 de dezembro de 1823, no Congresso norte-americano. Em seu pronunciamento, James deixou claro que o continente não deveria aceitar nenhum tipo de intromissão europeia sobre quaisquer aspectos, isto é, “América para os americanos”. Porém, atualmente entende-se como  “América para os norte-americanos”.

A ideologia da doutrina estava baseada em três princípios básicos: a impossibilidade de criação de novas colônias ao longo do continente, intolerância à interferência de nações europeias em questões internas e a não participação norte-americana em conflitos envolvendo países europeus.

A doutrina se colocava contra o colonialismo em terras do continente americano, isso é tão verdade que os Estados Unidos foram os primeiros a reconhecer a independência dos países anteriormente colonizados pela Espanha.

O que motivou tal doutrina foi a ameaça por parte da Santa Aliança (composta por países europeus como Áustria, Rússia, e França) de voltar a colonizar os países americanos.

Aparentemente, os Estados Unidos estavam fazendo frente à Europa para defender os países latinos, no entanto, o que estava sendo defendido eram somente os interesses norte-americanos.


3. POLÍTICA DO BIG STICK (GRANDE PORRETE)

A ideologia, ou ainda diplomacia ou política do Big Stick (em português, “grande porrete”) é o nome com que frequentemente se faz referência à política externa dos Estados Unidos sob a presidência de Theodore Roosevelt (1901-1909). O termo foi inspirado em um provérbio, originário da África Ocidental, que apregoava: “Fale com suavidade, e carregue um grande porrete, assim irás longe”. Do mesmo modo, Roosevelt atuava mantendo um ar amistoso e cordial nas negociações, e ao mesmo tempo deixava evidente a possibilidade de usar a força para sobrepujar seus opositores e conseguir seu intento.

3.1 EMENDA PLATT

A Emenda Platt  foi um dispositivo Constitucional assinado pelo Senado norte-americano em 1901, para garantir que os Estados Unidos pudessem intervir política e militarmente na ilha de Cuba.
No final do século XIX, após a independência, os norte-americanos trataram de se livrar dos interesses comerciais europeus para conquistar de vez a hegemonia no continente.

Com políticas articuladas, os Estados Unidos apoiaram a descolonização dos países vizinhos para tê-los como aliados e atingir seus interesses geopolíticos e econômicos de forma efetiva.

Com Cuba não foi diferente. Em 1898, o intelectual José Martí  liderou um processo de independência da ilha, que estava sob domínio da Espanha. Ágeis, os governantes dos Estados Unidos viam na ilha uma grande possibilidade de expansão comercial e apoiaram os cubanos na expulsão dos espanhóis.

Os norte-americanos venceram e impuseram a assinatura do Tratado de Paris, que dava aos Estados Unidos o direito de controlar Cuba.

Antes de elaborar uma Constituição cubana, os Estados Unidos elaboraram a Emenda Platt para garantir que a ilha estaria sob seu controle total, com o argumento de que, desta forma, Cuba estaria ‘protegida’ das invasões europeias.

A Emenda Platt deixou Cuba sob domínio norte-americano até 1933, ano em que o soldado e ditador Fulgêncio Baptista assumiu o governo cubano pela primeira vez.

Segundo Fidel Castro, socialista que derrubou a ditadura de Baptista em 1959, a emenda determinada pelos Estados Unidos só contribuiu para a intensificação do colonialismo econômico da ilha.

3.2 CANAL DO PANAMÁ

O Canal do Panamá é um canal artificial que possui 82 km de comprimento, com largura no Estreito de Culebra de 90 metros e no Lago de Gatún de 350 metros, que corta o Panamá (País da América Central), ligando o oceano Pacífico ao oceano Atlântico. A navegação por este canal começou em 1914, ano de sua inauguração, sua construção significa uma importante conquista da engenharia, além de facilitar o fluxo marítimo. Porém, a ideia de se construir o canal surgiu no final do século XIX, tempo em que o Panamá estava anexado ao território colombiano. 

Para a construção do canal foi contratada uma empresa francesa, mas a execução da obra ficou comprometida em virtude de uma profunda crise da incorporadora, que vendeu suas ações para os Estados Unidos, principal interessado na construção desse empreendimento, uma vez que poderia encurtar as distâncias marítimas entre as costas oeste e leste do país e também com outros continentes.

Foi então que, em outubro de 1903, os funcionários da Panama Railroad Company deflagraram um pseudo movimento separatista com o apoio dos fuzileiros norte-americanos a bordo do encouraçado Nashville.

Os colombianos nada tiveram a fazer senão aceitar e, um mês depois, os norte-americanos assinaram o Tratado Hay – Bunau Varilla (ou Isthmian Canal Convention), segundo o qual possuem domínio perpétuo sobre uma zona de 16 km ao longo do canal em troca de 10 milhões de dólares aos panamenhos e mais 250 mil dólares anuais.

Assim, o canal foi construído a partir de 1904 e, mais dez anos depois foi inaugurado. O saldo da construção de uma das maiores obras de engenharia americana, o canal possui 80 km de extensão, foram mais de 5 mil mortos por malária e febre amarela a um custo de 360 milhões de dólares.

Anos depois, em 1921, os EUA assinaram um tratado especial de reconciliação com os colombianos pagando 25 milhões de dólares como indenização.

Como a maioria dos países latinos passou por golpes militares, no Panamá não foi diferente, em 1968 ocorreu um golpe militar no qual o General Omar Torrijos tomou o poder, no ano de 1977 o general realizou um acordo com os EUA, para que a partir do ano 2000 a administração e o controle do canal passassem a ser das lideranças do Panamá, em 1981 o general morreu em um acidente de avião um tanto quanto suspeito.

Após a morte do General Torrijos, quem assumiu o poder foi o ex-chefe do serviço secreto, o General Manuel Antonio Noriega. Em 1989 Noriega anulou a eleição em que fora vencido pelo opositor Guilherme Endara, temendo atingir os interesses americanos, os EUA enviaram tropas e invadiram o Panamá, colocando Noriega no poder.

Em dezembro de 1999 foi realizada uma solenidade para entrega do controle do canal ao Panamá.



Fontes: 
http://www.brasilescola.com/geografia/doutrina-monroe.htm
http://www.infoescola.com/filosofia/destino-manifesto/
http://www.infoescola.com/politica/ideologia-do-big-stick/
http://www.mundoeducacao.com.br/historia-america/emenda-platt.htm
http://www.brasilescola.com/geografia/canal-panama.htm

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